Códigos ou tickers das opções
Os códigos das opções são bem simples de entender, entretanto eles costumam causar algumas confusões e, principalmente, alguns erros críticos. Neste artigo, você aprenderá sobre os códigos das opções e como evitar os erros mais comuns. Boa leitura!
Composição dos códigos das opções
O código das opções é composto por cinco letras seguidas de um número, geralmente, de um a três dígitos.
O Ativo-objeto da opção
As quatro primeiras letras referem-se ao ativo e coincidem com as letras dos códigos das ações, UNITs e ETFs.
Acompanhe a tabela a seguir e ficará fácil entender.
Pois bem, usando a tabela acima, fica fácil verificar que BBASX45 refere-se a uma opção de Banco do Brasil (BBAS3) enquanto BOVAG181 é uma opção do ETF BOVA11.
Mas e a opção PETRC32? É de PETR3 ou PETR4? E TAEEV1, refere-se a opções de TAEE3, TAEE4 ou TAEE11?
Observe as linhas destacadas, voltaremos a elas mais adiante quando estivermos discutindo os erros mais comuns que os investidores cometem.
Mas e a quinta letra?
É o que veremos a seguir.
Call ou put? Quando será o vencimento da opção?
A quinta letra refere-se ao mês de vencimento e ao tipo da opção, se é call ou put.
Atenção:
Muito cuidado, a letra refere-se ao mês, não ao ano. Lembre-se disso.
Observe a tabela a seguir:
Agora fica fácil identificar mais uma parte do código da opção. Retomando as opções que listamos na seção anterior temos:
- BBASX45 é uma opção de venda (put) de Banco do Brasil (BBAS3) que vence em outubro.
- BOVAG181 é uma opção de compra (call) do ETF BOVA11 que vence em julho.
- PETRC32 é uma opção de compra de Petrobras (ainda não sabemos se PETR3 ou PETR4) que vence em março.
- TAEEV1 é uma opção de venda de Taesa (ainda não sabemos se de TAEE3, TAEE4 ou TAEE11) que vence em outubro.
Agora, conhecemos mais uma parte do código das opções. Resta apenas o número, que discutiremos na seção abaixo.
Mas e o que significa o número?
Esse número requer muita atenção. Embora ele possa coincidir com o strike (preço de exercício) da opção, esse não é sempre o caso.
Por exemplo, você pode ter uma opção com código BOVAH1, que é uma opção do ETF BOVA11, com vencimento em agosto com strike de R$ 100,00.
Isso mesmo, o número serve apenas para diferenciar os strikes das opções de um mesmo vencimento, mas não necessariamente será o próprio strike. No nosso exemplo, embora o número seja 1, o strike é 100.
Mas isso não pode causar confusão? Sim! Pode, e causa! Mas agora que você já sabe disso, ficará mais atento a esta questão.
Tudo bem, mas onde eu posso descobrir qual o verdadeiro strike de uma opção?
Bem, você pode informar o código (ticker) da opção no seu homebroker ou na sua plataforma de negociação para verificar o strike exato.
Existem outros erros comuns? Sim, e discutiremos tais erros abaixo.
Opções semanais
Recentemente, a B3 disponibilizou as opções semanais. O código delas é muito semelhante aos atuais, a diferença fica por conta do acréscimo de um dos sufixos W1, W2, W4 ou W5, que correspondem à semana do vencimento das opções. Ou seja, W1, para opções que vencem na primeira semana, W2 para as que vencem na segunda semana e assim por diante.
Note que não há o W3, pois a terceira semana do mês já tem vencimento de opções mensais. Ou seja, não há vencimento de opções mensais e semanais no mesmo dia. Portanto, na semana que tem opções com vencimento semanal, não teremos vencimento de opção mensal e vice-versa.
Principais erros que os investidores cometem
São quatro os erros mais comuns que muitos investidores acabam cometendo quando iniciam no mundo dos investimentos com opções. São eles:
- Como vimos na primeira nossa tabela, os quatro primeiros caracteres são referentes ao ativo. No entanto, algumas empresas possuem ações preferenciais e ordinárias, outras empresas possuem ainda mais de uma classe de ações preferenciais, além de UNITs.
Por exemplo, não temos como distinguir se PETRC32 é das ações preferenciais (PETR4) ou das ações ordinárias (PETR3) de Petrobras. Do mesmo modo, sabemos que TAEEV1 é uma opção de TAESA. Mas não podemos distinguir se ela se refere as ações ordinárias (TAEE3), preferenciais (TAEE4) ou ainda se é das UNITs (TAEE11).
Para ter certeza, você precisará consultar o site da B3, seu homebroker ou sua plataforma de negociação.
- O segundo erro que muitos investidores cometem é referente ao quinto caractere. Ele se refere ao mês de vencimento da opção e não ao ano. Por exemplo, uma opção com código CYREC23, nos permite identificar que se trata de uma opção de Cyrela, com vencimento no mês de março. Entretanto, o ano de vencimento poderia ser 2024, 2025 ou mesmo 2060. Não há nada no código que nos permita descobrir o ano de vencimento da opção.
- O terceiro erro é referente ao número que aparece no código. Muitos investidores associam ao strike da opção. Mas como já vimos, poderemos ter uma opção com código BOVAH1, de BOVA11 com vencimento em agosto. Mas que não podemos afirmar que o strike é de R$ 1,00.
- Por último, o código da opção não traz qualquer informação se o estilo é americano ou europeu.
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Erros mais comuns ao operar opções
Para evitar esses erros, sempre consulte sua plataforma de negociação, homebroker ou o site da B3. Na dúvida, pergunte ao seu assessor de investimento.
Resumo
Nesse artigo, vimos como é a composição dos códigos das opções e os erros mais comuns que os investidores cometem.
Vimos que o código da opção é composto por quatro caracteres que indicam o ativo-objeto, mas que nem sempre é possível identificar exatamente esse ativo-objeto. Esse é o caso de empresas que possuem ações preferenciais e ordinárias.
Vimos ainda que existe um quinto caractere na composição do código. Esse caractere é referente ao tipo de opção, se é call ou put, e ao mês de vencimento. Mas não temos nada que identifique o ano de vencimento.
Finalmente, a última parte do código da opção é um número que diferencia os vários strikes. Embora os números possam ser iguais aos strikes para algumas opções, isso não é uma regra.